Ti dei meu sangue pra você pintar, mas não tem volta, ti dei meu tempo pra você usar do jeito que bem entender, mas eu nunca disse que era de graça, tem algo que eu sempre precisei, secretamente eu requisitei, e até quando eu comecei a gritar, você não me ouviu, e eu me contento com o que sobrou, eu como o pão que o diabo amaçou, mas não divido com você, nem um segundo do que me resta viver.
Tudo o que eu tinha se acabou, e foi você que me tomou.
Um dia desses eu acordei e não conseguia respirar, enquanto não cuspisse tudo o que eu tinha pra falar, na sua frente, na sua cara, tudo o que você é, e o que você esconde nesse seu sorriso tonto de quem não sabe como é, olhar pra frente e ver, que não tem pra onde ir e saber que o seu lugar é bem longe daqui, meu mundo é muito maior, seu mundo é uma mentira que você mesmo inventou.
Mas olha só pra você, ficou horrível sem mim, achou que ia arrasar mais de mil minas afim, mas qualquer um pode ver que você é de mentira, e só eu mesma acreditei.